De onde eu venho o nome disso é Super Sayajin! |
“Mais alto, mais longe, mais
rápido”, diz o slogan oficial do novo e arrebatador sucesso do Marvel Studios
nos cinemas. Mas “mais alto, longe e rápido” do que o quê exatamente? Do que os
outros filmes do estúdio? Do que os outros heróis? Do que os homens? Nosso papo
de hoje – sem spoiler nenhum, relaxa - é
sobre esse filme que todo mundo está correndo pra ver - Tia Cremilda já viu
duas vezes - e que certamente decolou
desde sua estréia – só não sei se tão alto, tão longe ou tão rápido assim...
Vem comigo que no Hype ou no Hate, o assunto agora é Capitã Marvel (Captain
Marvel, no original. 2019)!
Dirigido pela dupla de diretores
discretos Anna Boden e Ryan Fleck (responsáveis pelo bonitinho “Se Enlouquecer,
não se apaixone” de 2010) Capitã Marvel se propõe a ser uma saga de
auto-afirmação e empoderamento – não necessariamente feminino - e discursa o tempo todo sobre acreditar no
próprio potencial e superar seus medos e inseguranças – uma mensagem sem
gênero, idade ou etnia. A dupla tem experiência em assuntos assim. São as
mentes por trás de muitos episódios de séries de sucesso como Looking (da HBO,
sobre relacionamentos homossexuais), The Big C (da Showtime, sobre câncer) e da versão americana do sucesso Em Terapia (envolvendo questões
num sentido mais amplo do termo). Dado o currículo, é sabido que há ali um
esforço claro de fazer da protagonista Carol Danvers um ícone de força e
independência feminina, consagrando uma heroína extremamente poderosa e dona de
si, representante de uma resiliência, coragem e heroísmo que são, de fato, inspiradores.
Porém, mesmo tendo uma ação
corpo-a-corpo bem competente, uma história interessante o suficiente e alguns
personagens carismáticos, Capitã Marvel falha em nos envolver com sua trama e deixa
uma sensação de “é bom, mas pode melhorar” um pouco incômoda - sobretudo depois
da gente já estar vendo filmes da Marvel há 10 anos. Qualquer coisa menos do
que “ótimo” acaba sendo decepcionante.
A atriz Brie Larson (que ganhou o
Oscar por “O quarto de Jack” em 2015) tem claras dificuldades de encontrar o
tom de sua personagem e dificulta ainda mais um envolvimento emocional com o
espectador. No extremo oposto temos Ben Mendelson como o vilão Talos, extremamente
carismático, mas colocado em algumas situações constrangedoras por um roteiro
que dosa mal seus momentos de comédia e emoção, e gera cenas que simplesmente
deveriam ser melhores. A opção por uma edição com uma linha do tempo confusa –
como a própria mente da heroína – até é interessante em alguns momentos, mas na
maior parte do tempo mais confunde do que serve ao seu propósito.
Não me entendam mal. Capitã
Marvel diverte, Samuel L. Jackson é um ótimo jovem Nick Fury e o gato “goose”
dá carisma à história. Do mesmo modo, as atuações de Jude Law (como Ion-Rogg) e
Annete Bening (que não posso falar quem é por causa dos spoilers) agregam e o
saldo não é negativo. Mesmo assim, podemos dizer que Capitã Marvel até voa mais
rápido mesmo, pois consegue apresentar uma heroína que ninguém conhecia até
então com competência a tempo de deixá-la no ponto para ser um diferencial na
revanche contra Thanos que todos esperamos em Vigandores: Ultimado muito em
breve; mas se vai mais alto e mais longe do que o que já estamos mais do que acostumados
a ver no cinema de heróis, aí eu vou ter que discordar.
Coeficiente de Rendimento: 3,0/5
Olá Hugo!!!
ResponderExcluirEu ainda não vi o filme de Capitã Marvel, mas já vi inúmeras críticas acerca do mesmo e as pessoas realmente esperavam muito do filme e ele não chegou a ser isso tudo que esperavam.
Pessoal realmente gostou muito do Nick nesse filme e do gato da Capitã, mas em relação a atriz disseram realmente que a mesma ainda está buscando o tom de sua personagem.
Espero que ao menos em Vingadores a mesma tenha se encontrado.
lereliterario.blogspot.com